Yves Klein foi um artista importante e muito influente, considerado por alguns críticos como precursor da arte contemporânea e conceitual, assim como das performances artísticas. Moderno, Klein de fato e indiscutivelmente introduziu conceitos no universo da arte e até uma cor, inventada por ele e batizada de International Klein Blue. “Saut dans le vide” é o nome de uma das obras mais conhecidas da produtiva carreira de Yves Klein, que ainda por cima era lindo! Filho de pintores, o artista nasceu em Nice, França, em 1928, e morreu aos 34 de infarto. O MAMAC Nice, Museu de Arte Contemporânea da cidade francesa, tem salas exclusivas e permanentes com as obras de Klein, e super vale a visita. A cor, valorizada pelo artista francês, impressiona e seduz. Em uma de suas performances mais emblemáticas, Klein usou três modelos como pincéis. Nuas, elas se besuntavam com tinta Azul Klein, e carimbavam telas para formar imagens, tudo isso acompanhado de uma pequena orquestra que executava a “Sinfonia Monotônica”: uma sinfonia de uma única nota criada por ele mesmo em 1949. Na exposição “Zonas Imateriais de Sensibilidade Pictórica”, que nada mais eram do que espaços vazios, Klein propunha que a arte fosse livre de influências, que as pessoas se concentrassem na realidade de suas sensações e não na representação. O artista removia essas representações dos seus trabalhos através de pinturas sem imagens, sinfonias sem notas, e vendeu várias dessas “não imagens” para os corajosos de plantão. O vazio de cada um já era tema nas obras do artista, que anunciava, há mais de 50 anos, a grande angústia do século XXI. Para se familiarizar com as obras deste grande artista, o livro “Klein” deve ser de grande ajuda!