Moderna aos 84 anos, Yayoi Kusama é sucesso absoluto. A artista japonesa começou bem cedo sua carreira, e a mudança para os EUA, a convite de Georgia O’Keeffe, a projetou ainda mais e fez com que encontrasse outros artistas, como Andy Warhol, Jean-Michael Basquiat, Joseph Cornell e Donald Judd, com os quais se identificava e trocava experiências. Seu trabalho passa por técnicas distintas como colagens, pinturas, esculturas, arte performática e instalações ambientais, onde a característica que se tornou marca registrada fica evidente: a obsessão por pontos e bolas, além da repetição e acumulação. Esquizofrênica, Yayoi se internou voluntariamente em uma instituição psiquiátrica no Japão, vive lá desde então, mas mantém a poucos passos um apartamento/ateliê para desenvolver seus trabalhos. A artista diz que sempre foi atormentada por visões distorcidas e alucinações, e que a arte foi a válvula de escape e a maneira encontrada para mostrar sua visão do mundo. Guache, aquarela e tinta a óleo, bolinhas ou pontos do infinito, como ela os chama, são a expressão da instabilidade emocional da artista, seguramente agravados pela relação tempestuosa com a mãe, que não aceitava a veia artística da filha, chegando inclusive a agredi-la fisicamente. À frente do seu tempo, feminista, moderna e revolucionária por natureza, Kusama tem sua obra, belíssima, em museus importantes do mundo todo. Autora de 13 livros, com personagens tão pesados e instáveis como ela própria, Kusama depende de sua arte para viver. “Se não fosse a arte, já teria me matado há muito tempo”, confessa ela. A exposição da artista no Rio de Janeiro segue até janeiro de 2014, passa por Brasília e vai para São Paulo. Programa imperdível.
Valeria,
Tudo lindo…especialmente o texto e fotos da Igreja da Glória…muito lindo mesmo.
Quanto a Yayoi, sem comentários…como uma pessoa com uma patologia incurável dessa natureza, sendo bem tratada e atendida, consegue do fundo do seu eu, driblar e conviver com a doença e ser tão criativa…que maravilha!
Parabéns !
Carla,
Eu adoro visitar igrejas, e no Rio tem várias lindas. O Mosteiro é demais, e em breve vou publicar a Candelária, que é uma das 02 ou 03 mais lindas em que já estive. Aguarde!!
Obrigada pelo comentário
Valeria