O refúgio catalão de uma família mediterrânea-mexicana II

Na Espanha, uma família convidou a arquiteta Alessia Schoor para conduzie a reforma da casa de veraneio da família. O imóvel não era novo na família, mas com o advento da pandemia, a casa passou a ter uma importância crucial e funcionar como válvula de escape, e a partir dessa contestação, ter uma casa confortável e funcional para relaxar, virou imprescindível. 

Da rua, descendo uma rampa repleta de floreiras, entra-se nesta casa com alma de verão, totalmente virada para o mar. O acesso faz-se pelos espaços comuns, que dão acesso a um terraço com a área de refeições e a um jardim com piso de areia , para realçar a sensação de estar na praia, equipado com uma churrasqueira. Os quartos encontram-se no piso inferior e têm acesso à piscina e a um deck exterior .  “Usamos materiais para deixar que o mar, o céu e as plantas continuem sendo a primeira coisa que você vê quando chega. Os materiais principais são despretensiosos: são lisos e naturais, podendo envelhecer com personalidade e pátina”, afirma a arquiteta. Refere-se à madeira, ao microcimento ao chukum (um tipo de revestimento local) da piscina, “uma massa de revestimento mexicana ancestral”, nas palavras de Schoor.  Esse revestimento, tão típico das casas mexicanas mais descoladas, leva o nome de uma árvore endêmica do estado de Yucatán, cuja resina era usada pelos maias para fazer seus estuques e ornamentos. Hoje, é usado em mistura com o cimento branco e o calcário para dar aquele acabamento entre o minimalista e o rústico, tão fashion. “Diria que é uma mistura entre uma casa mediterrânica e uma casa mexicana , ou seja, um reflexo da mistura da minha família”, admite a arquiteta sobre este pedacinho do paraíso. Concretamente, um dos toques mediterrânicos que mais chama a atenção no interior são as treliças, que “dividem parcialmente os espaços permitindo a passagem de luz e um pouco de vista”, feitas neste caso com blocos de cimento cru na zona exterior e pintados de branco no interior .No resto da casa também não faltam soluções ad hoc . Assim, a sala de estar, a sala de jantar exterior, a sala chill out e toda a sala principal são compostas por móveis sob medida.

“As luminárias pendentes de cerâmica da sala e da cozinha foram desenhadas pela arquiteta especialmente para o projeto. Além disso, o mobiliário adquirido se reduz à mesa de jantar vintage, às cadeiras da sala de jantar (feitas à mão pela Santísimo ) e às poltronas da área externa, as míticas cadeiras Acapulco , importadas do México. Foi também adquirida a cozinha IKEA, cujo exterior foi personalizado ao máximo com madeira de cerejeira proveniente de florestas sustentáveis. É uma obra da empresa espanhola Cubro. “Cada porta e gaveta é acabada à mão em nossas oficinas. A madeira natural tem um caráter único, porque envelhece à medida que é vivida ”, explicam os responsáveis pela empresa. “A casa é ao mesmo tempo quente e fresca, calma e energizante, mediterrânea e tropical . Muito versátil. É intimista e familiar, feito para se sentir confortável com um grande grupo, mas também é muito apreciado se você estiver sozinho. Para mim, é uma experiência estética constante , onde qualquer recanto que se olha foi cuidadosamente estudado e onde se celebram as mudanças de sensação espacial que a luz proporciona ”, conclui Schoor. Uma casa para ser aproveitada, vivida!! Inspire-se!!

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