O apartamento maravilhoso de Tamu McPherson em Milão II

Tamu McPherson saiu da Jamaica e depois de se formar na Fordham Law, em Nova York, se mudou para Milão com o italiano por quem se apaixonou. Para sua sorte, a mãe de seu eleito é uma sogra dos sonhos de qualquer mortal. Cedeu o apartamento da família ao casal e se mudou para um local menor. McPherson credita a sua sogra, uma acadêmica e esteta, a abertura de muitas portas. “Ela me apresentou à vida em Milão. Eu ia à ópera com ela e seus amigos, sentava em seu camarote no La Scala.” Signora também forneceu valiosas orientações de decoração, legando tesouros vintage de nomes como Le Corbusier e Carlo Scarpa e conectando McPherson com o negociante de antiguidades e designer de interiores Raimondo Garau, a quem ela recrutou para ajudar a mobiliar sua casa. “Minha sogra tem um gosto espetacular”, diz McPherson. “Eu não queria fazer muito trabalho no apartamento.” Ela e Garau começaram pintando as paredes de um elegante verde-acinzentado, depois começaram a colocar antiguidades em camadas que ele adquiriu com os móveis existentes, entre eles cadeiras de jantar adquiridas no Salone del Mobile e um aparador da antiga sede da Pirelli que eles adaptaram como um armário para louças. “Nosso apartamento anterior era todo Le Corbusier e tudo o que você vê agora no Instagram”, diz McPherson. “Raimondo me disse: ‘Você precisa introduzir um novo espírito e tornar esta casa sua.” Para McPherson, conhecida por seus conjuntos vibrantes, não há nada mais pessoal do que a cor. “Minha casa de infância na Jamaica era verde por fora”, diz ela rindo. “Eu cresci com cores. Sempre adorei.” Em sua sala de estar, um sofá magenta de Knoll e um marrom chocolate de Luigi Caccia Dominioni agora cercam uma mesa de centro dos anos 1970 com discos de vidro azul em camadas. Perto dali, um vaso rosa Ettore Sottsass é exposto sobre um antigo armário chinês. A arte em suas paredes também carrega um certo sentimentalismo. Pendurada na entrada, por exemplo, está uma fotografia de Micaiah Carter que mostra o cabelo trançado de uma jovem com presilhas, lembrando McPherson de “garotinhas negras crescendo”. E sua jornada biográfica se revela ainda mais na cozinha, onde ela domina alimentos básicos italianos como risoto, mas declara com orgulho: “Fazemos nossa canja de galinha com banana verde”. Na culinária, como na decoração, a cor confere personalidade. Um apartamento lindo, inspiração pura! 

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