O belo Château de Digoine é de propriedade de Jean Louis Remilleux, cineasta e jornalista francês, apaixonado por arte e história. Colecionador fortíssimo de arte dos séculos XVII, XVIII e XIX, Remilleux comprou sua primeira peça aos 20 anos. Uma obra em terracota de dois babuínos. “Não me pergunte por que eu queria esses babuínos, eu só gostava deles”, conta o francês. Seu château é recheado pela coleção garimpada com afinco diário. “Passo muito tempo estudando catálogos de leilões, porque estou sempre à procura de peças que complementem o mobiliário nas salas do castelo ou que simplesmente despertem sentimentos em mim. Eu não estou interessado em investir dinheiro. Eu não tenho uma explicação racional para minha coleção. Eu compro o que eu gosto“, explica. Remilleux viveu doze anos no Château de Groussay, também restaurado e decorado completamente, e substituído agora por Digoine, residência oficial do cineasta e jornalista. Sinto-me responsável, mas não sinto que sou o dono desses tesouros culturais. Para mim, Digoine e minha casa em Noto na Sicília, serão sempre casas que me permitem sentir o espírito da história e um toque de beleza. Estas casas são testemunho da verdadeira arte de viver, de celebração. Vale lembrar que Dogoine é aberta ao público em algumas ocasiões. Anote!

A vista inglesa no Château Digoine, localizado a meio caminho entre o sul da França e Paris.

Urnas de alabastro do século XVIII são expostas em pedestais de bronze que enfeitaram uma vez o célebre Hôtel Lambert em Paris. Na vitrine, o castelo em miniatura.

A sala de jantar, maravilhosa, recebeu lustre de cristal do século XVIII, pintura Francis Barlow e cadeiras Luís XVI, além da impressionante taxidermia.

Sob o espelho, canapé que pertenceu a Madame Geoffrin. Estatuetas Sèvres.

Mesas de mogno usadas por Napoleão durante o seu exílio em Elba sobre tapete que pertenceu a de Carlos de Beistegui, ex-dono do Château de Groussay, que também pertenceu à Remilleux. As pinturas equestres incluem obras de John Wooton, Eugène Delacroix, e Carle Vernet.

Medalhões de terracota de Jean-Baptiste Nini, no salão batizado em sua homenagem, Nini Salon.

Gravuras antigas no corredor do segundo pavimento, com piso em terracota. Em primeiro plano, sofá George III.

Do século XVIII, lit à la polonaise que pertenceu à Madame Roland,notória ativista durante a Revolução Francesa.

Um dos 15 quartos do castelo está equipado com móveis e objetos que pertenceram à decoradora Madeleine Castaing. Veja post sobre ela aqui. Tecidos Edmond Petit por Castaing foram utilizados para as paredes e cortinas.

Gravuras da família Bonaparte decoram o banheiro de hóspedes, que tem o Império como tema.
ONDE ENCONTRAR:
Piso de terracota: Del Favero; Piso em madeira: RC Pisos; Ladrilhos Hidráulicos: Dalle Piagge
Antiquário em SP: Cardeal; Banheira em cobre: Banheiras Doka
via: Architectural Digest
Fotos: Pascal Chevallier
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