A casa de veraneio de Noemi Marone Cinzano, herdeira da Cinzano, em Portugal I

A casa de veraneio de Noemi Marone Cinzano, herdeira da Cinzano, em Portugal, se tornou realidade apenas porque a enóloga se apaixonou pela propriedade.  Ela não estava procurando um lugar para comprar, mas a curiosidade levou-a para um lugar muito bonito: um trecho isolado de pântanos e bosques imaculados escondidos atrás das dunas de uma praia incrivelmente longa na Península de Tróia, ao sul de Lisboa. O fato dos 20 hectares estarem ao lado do mais recente retiro de seu amigo Christian Louboutin, o designer de sapatos francês, (veja aqui em Hardecor), teve peso extra. Cinzano, ex-diretora da famosa marca italiana de vermute, já tinha uma casa e estava bem feliz com ela: uma propriedade com um vinhedo na Argentina, onde produz o vinho Bodega Noemía de Patagonia, um premiado Malbec biodinâmico. Mas ela gostou da ideia de ter uma casa na Europa novamente, estar mais perto de seus dois filhos adultos com o ex-marido, conde Gelasio Gaetani d’Aragona Lovatelli, um escritor que também é um renomado vinicultor. Cinzano comprou a propriedade, demoliu a casa de estilo indefinido da década de 1980, e pediu a um amigo de longa data, o reverenciado designer de interiores londrino John Stefanidis, que projetasse um novo refúgio, com referências do passado e um perfume dos desejos e planos para o futuro. Stefanidis, um elegante grego nascido no Egito, conhecido por suas esplêndidas decorações para pesos pesados que incluem nomes como Westminster e Rothschild, trabalhou pela primeira vez com Cinzano no início dos anos 1990 em sua antiga bela casa em Londres, de estilo Regency chamada Broom Villa. “John tem um estilo muito mediterrâneo e gosta de luz”, conta ela. Stefanidis ficou mais do que satisfeito em aceitar a tarefa. “Noemi é o paraíso, tão chique”, diz ele sobre a tataraneta de Giovanni Agnelli, criador da Fiat. Cinzano explicou a Stefanidis que queria usar a residência de Portugal durante todo o ano, e que a casa serviria mais como um refúgio do que um lugar para se divertir. “Uma casa egoísta”, ela disse à ele. “Dois quartos de hóspedes” e não mais. Ele desenhou um andar térreo com espaços de fácil circulação, quarto de hóspedes no segundo andar e uma convidativa varanda com vista para a serena lagoa da propriedade, as dunas e, ao longe, o Atlântico. “É tão tranquilo e inspirador”, diz Cinzano. “Eu tenho um amigo que quer escrever um livro lá.”

 

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via: AD Magazine; Fotos: Miguel Flores Vianna

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