A casa de Marina Abramovic em Nova York é clean e tem a madeira como elemento base. Intensa iluminação natural e vista para o rio, acompanhados de mobiliário contemporâneo constroem habitat moderno e estiloso. A casa é sempre o reflexo da personalidade do dono, claro, e a casa de Abramovic não poderia ser diferente. Aparente simplicidade e volúpia incontida de mãos dadas. Esse é na minha avaliação, o tom da decoração. Marina nasceu em Belgrado, Sérvia, em 1946, se lançou como artista performática nos anos 1970, e se mantém em atividade desde então. A artista se considera uma espécie de “avó da arte da performance”. Seu trabalho explora as relações entre o artista e a plateia, os limites do corpo e as possibilidades da mente. Marina está no Brasil com a exposição batizada de Terra Comunal – Marina Abramović + MAI, que aborda três pontos focais na prática de Abramovic: o Corpo Artista, referindo-se à presença de seu próprio corpo em suas performances; o Corpo Público, que se torna evidente pela desconstrução dos limites entre performer e observador; e, finalmente, o Corpo Estudante, que cria espaços de colaboração para artistas, pesquisadores e o público. Objetos, fotos, vídeos, textos e áudios de diversos trabalhos fazem parte da exposição e em dias determinados, até 10 de maio, que é quando termina a exposição, Marina estará interagindo com o público, que precisa retirar no dia uma senha no próprio Sesc Pompéia, em São Paulo, onde acontece a exposição.

A casa de Marina Abramovic, que tem o formato de uma estrela de seis pontas.

Paredes brancas e piso em madeira pontuados por mobiliário colorido.

Na biblioteca, o cinza cobre as paredes e a estante, em efeito esperto para valorizar o mobiliário, aqui, assinado por grandes nomes do design como Harry Bertoia.