Weiwei-isms

Pérolas de Ai Weiwei, um dos mais comentados artistas chineses, editado por Larry Warsh. O livro mede apenas 11 x 14 cm, mas o conteúdo é quente, bem de acordo com a personalidade do artista chinês que atua em várias frentes, como escultura, instalação, arquitetura, curadoria, fotografia, cinema e crítica política e cultural. Nascido em 1957, Weiwei é um severo crítico do governo de seu país, o que lhe rendeu uma prisão que durou 81 dias. Impossível não citar que a prisão aconteceu durante a noite, e assim que os policiais entraram no quarto do artista, ele tirou uma foto com flash e postou no Twitter. As alegações eram de bigamia, incentivo a pornografia, evasão de divisas, entre outras. O “problema” é que Weiwei investigou e cobrou responsabilidades do governo chinês, especialmente no episódio que ele chamou das “escolas tofu”, quando muitas escolas desabaram durante o terremoto em Sichuan, e mais de 5.000 crianças morreram. A corrupção no governo foi responsável pela péssima qualidade do material utilizado, segundo o artista, que só foi solto em função da repulsa mundial à atitude do governo chinês.  Mas até hoje, o governo controla os passos do artista e retém seu passaporte. Weiwei vive e trabalha em Beijing, e é autor de frases bastante pertinentes como: “I wouldn’t say I’ve become more radical: I was born radical”, ou “The people who control culture in China have no culture”, e “If Shakespeare were alive today, he might be writing on Twitter”, no que ele está coberto de razão.

Ai Weiwei exibe seu livro, recheado de bom senso.

Cartaz em Nova York.

O artista retrata nesta obra, parte de uma série, a vigilância severa que sofria na prisão. Dois guardas o monitoravam o tempo todo.

Uma das frases do livro.

Trabalho de Weiwei na Bienal de Veneza. Em função da retenção do passaporte pelo governo chinês, o artista foi representado por sua mãe.

Obra de Ai Wei wei.

Snake Ceiling, de Ai Weiwei.

aiweiwei.com

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