O livro de Norman Mailer é demais. O autor é um verdadeiro craque e consegue prender o leitor do começo ao fim deste romance lançado em 1965. Na época, o texto, com cruas descrições de cenas de sexo e violência, chocou a sociedade americana, duramente criticada pelo autor. O protagonista, Stephen Rojack, é um herói de guerra condecorado, ex-congressista e respeitado intelectual que tem um programa na TV. Casado com uma rica herdeira, e já em vias de se separar, Rojack derrapa feio, e a partir de então, sua vida fica bem agitada e confusa. Mailer, morto em 2007 aos 84 anos, foi um dos escritores mais influentes do jornalismo literário. Com dois prêmios Pulitzers na estante por reportagens “ficcionalizadas”, Mailer também escreveu ensaios, contos, peças de teatro e roteiros de cinema. “Eu estava a ponto de me retirar. Pouca coisa me prendia. Mas havia algo. Era o forte brilho de orgulho nos olhos de Cherry. Isso alimentou minha raiva para encarar Romeu nos olhos. Porque ela estivera me usando – agora eu entendia. E senti uma raiva gelada contra todas as mulheres que me usaram”. Trecho do excelente livro de Mailer.
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