O movimento Art Déco foi assim batizado após a “Exposition internationale des Arts décoratifs et industriels modernes”, que aconteceu em Paris, França, em 1925. Na mostra, nus femininos, animais e folhagens são apresentados em cores discretas, traços sintéticos, formas estilizadas ou geométricas. Muitas peças exibem marcas de civilizações antigas, e os materiais mais comumente utilizados foram madeira laqueada, marfim e metal, baquelite, concreto armado e aço tubular. Então a produção em série começa a derrubar o preço final das peças democratizando o design. Ao lado de objetos industrializados, há peças feitas artesanalmente em número limitado de cópias. Máquinas e formas industriais inspiraram as formas do movimento, em tentativa de racionalização dos volumes e dos elementos de ornamentação, ainda que houvesse ornamentações pontuais e com materiais que representassem modernidade e que os volumes seguissem a composição tripartite clássica – embasamento, corpo principal e coroamento. Miami é famosa pelo número elevado de exemplares do estilo, menos ornamentados e de formas mais puras dos que os edifícios em Nova York, como o da Chrysler, de rica ornamentação e elementos metálicos, por exemplo. O uso dos tons de rosa, do plástico como elemento estrutural e da pelúcia, utilizada como forro para as paredes internas de grandes salões e no mobiliário, são características do período. No Brasil, a cidade de Goiânia reúne grande número de exemplares de edifícios art déco, a começar pelo traçado da cidade, realizado pelo arquiteto Attílio Correa Lima. São Paulo também tem grandes exemplos, como o edifício do Banco de São Paulo e o prédio do Banespa, além das diversas obras do arquiteto Rino Levi. O movimento influenciou, além da arquitetura e design, a moda e a arte. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro é a maior escultura do estilo no mundo. O art déco foi muito forte nos anos 1930, e nos anos 1960, colecionadores voltaram e se interessar pelo período, ainda hoje, muito valorizado.
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