A família de Maryam Keyhani, seu marido Ali, o filho Rumi, de 10 anos, e Dali, de 4, se estabeleceu definitivamente em Berlim em 2021, no apartamento que Maryam e Ali haviam comprado alguns anos antes. “ Esta cidade é verdadeiramente o nosso lar. Foi a energia e as pessoas que vivem aqui que nos fizeram mudar para Berlim. Eu não gostaria de estar em nenhum outro lugar. »

Localizado no bairro de Prenzlauerberg, na divisa com Mitte, o apartamento de 230 metros quadrados era anteriormente um estúdio de artista. “ Mantivemos todas as partes antigas intactas, mas algumas áreas foram completamente reformadas, como a sala de jogos e o vestiário.” Banhados pela luz, os vários cômodos contíguos abrigam a sala de estar, a sala de jantar, o ateliê e uma sala de exposições, semelhante a um teatro.

Cores e fantasia resumem o espírito deste interior: “Não tive inspiração propriamente dita, mas tudo o que faço gira em torno da ideia de brincadeira e leveza. Faço muitas coisas e também compro muita coisa (sei que é terrível), então aqui dentro é como uma grande loja de brinquedos. Com o tempo, a casa se tornou uma loja de brinquedos para adultos.” O suficiente para agradar seu filho Rumi e sua filha Dali. Desde o nascimento deles, o cotidiano de Maryam tem sido muito mais animado e caótico. Uma observação que ela logo esclarece: “Para ser sincera, eu mesma sou uma criança.” Agora somos apenas mais alguns, com mais alguns brinquedos.”

A vida familiar gira em torno da oficina, cuja porta está sempre aberta. “O lema? Faça o que quiser!” É por isso que parece tão bagunçado e fora de controle. Eu gosto. Meus filhos e os filhos dos nossos amigos são convidados a brincar, pintar, desenhar – experimentar chapéus… É o coração da casa para mim!” Um cotidiano vibrante que impulsiona a designer a estruturar seu trabalho e se concentrar na divulgação de suas obras. A poucos cômodos de distância do apartamento, o showroom de Maryam Keyhani (aberto apenas aos sábados) exibe seus acessórios de cabeça magistrais. E quando crianças curiosas aparecem para se fantasiar e vasculhar os acessórios como um baú de tesouro, a chapeleira não poderia estar mais feliz. Casa de gente feliz, como deve ser!