A próxima parada foi no Grand Hotel Henri, em L’Isle-sur-la-Sorgue, cidadezinha bem simpática, polo de antiquários e perto de outras tão lindas quanto, como Fontaine-de-Vaucluse e Galas. O hotel é bem fofo, com staff bem amigável e conta com um restaurante gostoso, e que precisa de reserva, ok? Outro restaurante bem legal onde estivemos é o Le Vivier, na beira do rio Sorgue, e por falta de reserva, deixamos de conhecer o La Prévôté, que também conta com um hotel e foi indicado por um casal que adorou a experiência. Na cidade, tome um drink na beira do rio, e no fim de semana, aproveite a feira de antiguidades/roupas/produtos típicos que acontece no local.

A partir de L’Isle sur la Sorgue, fomos a Gordes, uma das cidades mais fofas que visitamos. Começamos pela Abadia de Sénanque, fundada em julho de 1148, por uma dezena de monges cistercienses vindos do mosteiro de Mazan, localizado em Ardèche. Nossa Senhora de Sénanque foi a quarta abadia cisterciense fundada na Provença, no sul da França. Graças às inúmeras doações da família Agoult Simiane de Gordes e dos senhores de Venasque, a abadia prosperou rapidamente. As posses e a influência da abadia cresceram durante o século XIII para levar ao seu clímax durante o século XIV. Naquele momento, a abadia possuía quatro moinhos, sete granjas, um hospital em Arles, várias casas em l’Isle-sur-la-Sorgue, Cavaillon, Carpentras, Marselha, uma fazenda em Maussane e um hospício em Pernes-les-Fontaines, onde pode-se encontrar uma estrada com o nome de Sénanque. Os rebanhos da abadia podiam pastar desde o Monte Ventoux até Sisteron. A situação da Abadia começou a deteriorar-se no início do século XV. Este foi o início de um período de discórdia e violência e as propriedades da abadia não puderam ser conservadas, os rendimentos diminuíram e as doações diminuíram. Apenas três irmãos ainda viviam em Sénanque em 1439. Em 1854, uma comunidade de monges mudou-se para Sénanque. A 29 de abril de 1857, a Sra. de Pluvinal, proprietária da abadia, vendeu os edifícios à comunidade, representada pelo seu abade Dom Barnouin. Iniciou então importantes obras de restauro. Novas partes foram construídas: para os noviços acima do rio Sénancole, oficinas na parte sul e uma casa de hóspedes monástica em frente à igreja. Graças às numerosas vocações, a comunidade chegou a 72 irmãos. Nesse mesmo período, Jean Leonard (1815-1895) ingressou na abadia de Sénanque e tornou-se mestre de noviços. As palavras e os escritos de Jean Leonard influenciaram personalidades como Santa Teresa do Menino Jesus, Dom Chautard e Santo Antoine Marie Claret. Seu processo de beatificação está em andamento. A cada abade, a Abadia recebeu acréscimos na construção e hoje ocupa uma grande área, parte em processo de restauração. A beleza do entorno e da Abdia, uma grande plantação de lavanda e uma loja com produtos dos mais variados atraem os visitantes. Ótimo passeio. Vá!