“A carreira de Line Vautrin começou muito desprentensiosamente,” diz Benoist F Drut , sócio da Maison Gérard. “Ela ofereceu suas criações porta -a-porta, aos 20 anos, antes de ser capaz de abrir o seu próprio showroom, e terminou sua carreira com um atelier na Rue du Faubourg Saint- Honoré, em Paris,” completa. Nascida em uma família de operários metalúrgicos de Paris, Vautrin aperfeiçoou sua habilidade desde criança na oficina de fundição de seus pais. A artista francesa transformou materiais industriais em peças decorativas e de adorno, e foi chamada pela Vogue americana de “poetisa de metais”, o que ela era de fato. Autodidata, Vautrin fez, entre 1942 e 1950, inúmeras caixas de bronze, colecionadas por um único admirador de seu trabalho por mais de quatro décadas, e hoje disputadas por colecionadores e fãs. Brigitte Bardot, Ingrid Bergman e os clientes de Elsa Schiaparelli entre eles. Inspirada por figuras mitológicas, pela poesia de Rimbaud e Apollinaire, pela beleza de Veneza e decoração grega e egípcia, entre outras fantasias e romantismos, Line Vautrin construiu sólida reputação que reverbera até os dias atuais.
Fotos: Robert Levin, J C Marlaud.
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