O apartamento de Carol Marra tem o Cinema como tema central. A atriz começou a carreira como jornalista, flertou com a moda desfilando em passarelas e estampando capas de revistas, até encontrar-se nas artes cênicas. Neste ano, estrela, ao lado de colegas como Ricardo Pereira e Maria Fernanda Cândido, seu primeiro longa-metragem. “Não sonhava com essa profissão, mas me apaixonei por ela. Também nunca pensei em ser pioneira em nada, foi acontecendo. Fui a primeira mulher trans a beijar na TV e, agora, a protagonizar um filme”, reflete Carol, que foge de rótulos, mas não deixa de lado as questões ligadas à representatividade de gênero. Rodeada por móveis de família, peças de design, itens garimpados em antiquários e objetos de viagens, em seu novo apartamento de 190 m², em um prédio dos anos 1950 no bairro dos Jardins, em São Paulo, a mineira de Belo Horizonte sabe que sua trajetória também se reflete na casa. “Minha casa não é um camarim, cheio de luzes e plumas. Ela é um lar, como o de qualquer outra pessoa”, ressalta ela na entrevista para a Casa Vogue de março. Com Carol não há meias-palavras. “Não queria morar em uma mostra de decoração. E acho cafona varanda gourmet”, ressalta a mineira que, como boa geminiana, se encheu de dúvidas na hora de tomar decisões durante a reforma do imóvel. “Ela queria o moderno abraçado pelo rústico. Criamos uma harmonia de estilos, incluindo o clássico, enquanto atualizávamos a planta original”, comenta o arquiteto Léo Shehtman, que assina o projeto, referindo-se ao visual dos tijolos aparentes em oposição às boiseries. Shehtman é um profissional super reconhecido, e entregou um projeto que traduz as muitas facetas da atriz, que não vê a hora de receber familiares e amigos no novo endereço. Charme puro!