Auschwitz–Birkenau I

Auschwitz–Birkenau é o nome do complexo dos campos de concentração e extermínio que funcionaram no sul da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial. Auschwitz era o nome alemão da cidade que ficava perto dos campos construídos pelos nazistas a partir de 1940, e Birkenau o campo de bétulas derrubado para dar lugar ao campo.  Dia 27 de janeiro de 1945 os campos foram invadidos pelas tropas soviéticas e os prisioneiros libertados, e este dia foi determinado mundialmente como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. Em 2005 as ruínas do complexo Auschwitz–Birkenau foram tombadas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, e desde 1947, data em que os campos foram abertos à visitação pública, mais de 30 milhões de pessoas estiveram no local. Talvez pareça um pouco fora de ordem tratar dessa tragédia em um blog de decoração, mas em Hardecor não existe um assunto proibido, e a história dos judeus é um tema que me interessa muito, e que tenho procurado conhecer. Não sei se acredito em vidas passadas, mas o Holocausto é um acontecimento em que não consigo pensar sem chorar, como se estivesse sempre muito perto de mim, e isso me fez querer ir a Auschwitz. Por mais que eu tenha me preparado para esta visita, nada pode descrever o clima pesado, mesmo depois de 70 anos, que paira sobre os campos, e nem muito menos o horror à que aquelas pessoas foram submetidas. A visita é obrigatoriamente agendada e guiada, pois um número impressionante de pessoas visita o local diariamente. Usualmente, e foi o que fizemos, eu, meu marido e meu filho de 17 anos na época, o ponto de partida é Cracóvia, que fica à uma hora de distância. Três horas é o tempo da visita a Auschwitz e a Birkenau, pouco distantes um do outro. Parece bastante tempo, mas os campos são grandes e há muita coisa para ver. As fotos são todas de minha autoria e como o tempo em cada sala é bem curto e o grupo é grande, aproximadamente 25 pessoas, é quase impossível obter fotos de alta qualidade. Meu intuito ao fazer este post é dividir a experiência, que teve o efeito de me acalmar, por mais paradoxal que isso possa parecer.

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Entrada do campo de Auschwitz com a famosa frase “O trabalho liberta”. A intenção era de que os judeus até o último minuto não desconfiassem dos horrores que os aguardavam.

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Vista geral de Auschwitz. O campo foi inicialmente pensado para receber presos políticos, e depois ampliado. Nesses pavilhões ficavam os preso políticos, a administração, e as salas onde eram realizadas as “experiências médicas”.

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Placa que informa a origem étnica das pessoas que passaram por Auschwitz.

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Na chegada ao campo, os homens eram separados das mulheres e crianças, e os mais fortes dos dois grupos eram encaminhados para o trabalho, enquanto os muitos debilitados, situação comum depois de dias trancafiados nos vagões de carga, eram encaminhados direto para a câmara de gás.

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Dá para imaginar o que passou esta mãe?

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Maquete que mostra o funcionamento das câmaras de gás e crematórios, feitos para matar em larga escala. Eram executados, no auge do funcionamento do campo, seis mil pessoas por dia, e no total mais de um milhão e cem mil morreram no local.

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Latas do Zyklon B, veneno à base de ácido cianídrico,cloro e nitrogênio, inodoro, usados nas câmaras de gás, que matava por sufocamento.

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Nessas mini-câmaras eram feitos os testes para saber quanto de veneno era necessário para matar.

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Quando iam embarcar nos vagões os prisioneiros eram obrigados a se separar de seus pertences, e instruídos a identifica-los para que estes fossem devolvidos nos campos, o que naturalmente não acontecia. As pessoas eram despojadas de todos os seus objetos, até dos mais pessoais, e antes de entrar nas câmaras, até de seus óculos e próteses.

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Pincéis de barbear e escovas. Milhares deles.

Os prisioneiros tinham seus cabelos raspados e vendidos para fábricas alemãs que os usavam para fabricar tecido. Nesta sala há mais de duas toneladas de cabelos, hoje já deteriorados.

Os prisioneiros tinham seus cabelos raspados e vendidos para fábricas alemãs que os usavam para fabricar tecido. Nesta sala há mais de duas toneladas de cabelos, hoje já deteriorados. Talvez essa tenha sido uma das imagens que mais me chocaram, pelo grau extremo de desumanização a que essas pessoas foram submetidas.

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Réplica do patíbulo onde foi executado, em 16 de abril de 1947,  o Kommandant de Auschwitz entre 1940 e 1943, Rudolf Franz Ferdinand Höß. Extremanente cruel, o comandante do campo foi o único nazista morto no local. 16 de abril de 2014, exatos 67 anos depois, foi o dia de minha visita a Auschwitz.

Fotos: Hardecor e passageirodeprimeira.com (foto da sala dos cabelos)

OBS: A primeira foto era a melhor da entrada do campo de Auschwitz, e usei sem a devida autorização das pessoas que estavam no meu grupo e aparecem na imagem, mas posso retirar do ar se for solicitado. Agradeço a compreensão.

 

 

 

 

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