A casa de Vicente Ganesha em Ibiza é solar, alegre, muitíssimo particular, cheia de cores e referências. Vicente, cujo sobrenome é Hernández, aos 19 anos e com pouco dinheiro, saiu de sua Guardamar, no leste da Espanha, e foi para Paris com a intenção de conhecer o mundo. Depois de algumas andanças, se fixou em Londres, onde, vendo um filme no cinema, descobriu a magia de Ibiza. “Coisas da vida. Sempre estive perto de Ibiza, mas foi este filme me despertou o interesse, e uma vez aqui, nunca regressei a Paris, Londres ou Guardamar. A luz, sua gente descalça pelas ruas, a música, o viver e deixar viver...compreendi que era meu lugar e onde eu queria estar”, diz Vicente, que faz aquilo para o que foi talhado. É dele uma das lojas de roupas mais antigas da ilha. Sua casa, ampliada recentemente e localizada na sobreloja, é a mais perfeita tradução do estado de espírito deste espanhol que encontrou seu lugar no mundo.

Escrivaninha holandesa, cabide de parede e óleo anos 1950, cadeira de plástico anos 1970 e candelabro Swan de Matthew Hilton.

Vicent Ganesha.

Na parede, retrato de Vicente com jasmim, de Grillo Demo e óleos vintage. Conjunto de mesa e cadeiras de ferro Cap d’Ail (1951) de Mathieu Matégot com cerâmicas alemãs. Móvel Cabinet DF-2000 (1968) de Raymond Loewy.

Estante de acrílico anos 1970 com coleção de jarros e vasos italianos.

Mesa de alumínio italiana com luminária Atollo de Vico Magistretti e cadeiras anos 1970. As estantes abrigam os mais de 3.000 discos de Vicente.

Sofá e espelho Lipstick de Roger Lecal para Charbrierres & Cie, ambos década de 70. Sobre o aparador inglês, cópias de esculturas antigas. Ao fundo, cabide anos 1950 e óleos de Grillo Demo.

Sobre mesa em acrílico, luminária Boalum (1970) de Livio Castiglioni e Gianfranco Grattini para Artemide. Cachorro de louça anos 1970.

Vista geral do espaço.

No terraço, mesinha anos 1930, luminária italiana anos 1950 e cadeiras anos 1970.

Na cozinha de base branca, luminária Atollo de Vico Magistretti para Oluce e banqueta vintage Kartell.

O quarto, dramático, recebeu óleo Señorita, e sobre este, em composição inusitada, retrato do dono da casa feito por Filo Lillo, de quem é sobrinho. Mesa de cristal anos 1940 e espelhos do século XVII.

No banheiro, tapete com o retrato de João Paulo II, estante com cerâmicas e cortina pintada à mão por Grillo.
via: revistaad.es
Fotos: Pablo Zamora
Deixe um comentário