A casa de campo modular com o DNA Ohtake Arquitetura e Design!

“A convivência com a natureza e a arte torna a vida mais suave, menos penosa”, diz o arquiteto Rodrigo Ohtake, que estava em busca de um terreno acessível, e próximo à São Paulo. Queria construir um lugar para onde pudesse escapar com a esposa e os três filhos, deixando a rotina urbana para trás. “Fui procurado pelo pessoal da SysHaus, que já havia feito contato com meu pai”, (o super arquiteto Ruy Ohtake), conta Rodrigo. “A construtora, especializada em sistemas industrializados, veio com uma proposta, quase uma provocação: nos chamaram para projetar a minha casa e, a partir dela, uma linha de residências modulares com o DNA do escritório Ohtake Arquitetura e Design.”
A proposta foi aceita sem hesitação e o artífice da linha de moradias sustentáveis de alto padrão, com visual orgânico e concepção racional, se pôs a conhecer os elementos com os quais poderia contar. A forma básica: um volume metálico medindo 3,20 x 6 m, suficiente para compor suítes confortáveis – e compatível com o transporte em caminhões comuns. Telhas autoportantes (que dispensam pilares e vigas em intervalos curtos) também foram pinçadas do portfólio da SysHaus por viabilizarem ambientes grandes, livres de apoios. Caixilhos de alumínio generosos, com vidro fixo ou de correr, somaram-se aos planos de Rodrigo, que imaginava espaços amplos e integrados, assim como chapas de aço perfuradas, ideais para dosar privacidade e transparência nos interiores, desenhando uma releitura contemporânea do muxarabi. 

No patamar mais baixo do terreno, a casa se volta para a mata ao redor, sem construções ao alcance dos olhos, enquanto piscina, lago, pula-pula e tanque de areia ficam no platô mais alto – a telha usada na área de convivência suporta 15 cm de substrato e muitas plantas, na maioria espécies nativas com irrigação artificial, garantindo o efeito de mimese no paisagismo de Ricardo Cardim com execução do Studio Telhado Jardim.

Além dos requisitos acima, a seleção de componentes industrializados, que deveriam ser produzidos e entregues em até 120 dias no local da obra, se mostrava compatível com a linguagem arquitetônica desejada. Mas restavam perguntas importantes. “Esses itens aceitam corte em curva? Podem sair da fábrica pintados com tintas escolhidas por nós?”, indagava o arquiteto com um olho em sua própria casa e outro no produto em desenvolvimento. A estética baseada no traço sinuoso e em cores vibrantes, típica de Ohtake, precisava ser observada no protótipo e viabilizada no produto final – daí a especificação de apenas duas curvas, com aparência de traço livre, e a definição de uma paleta enxuta, simplificando a operação na fábrica. Um super acerto da SysHaus convidar o maravilhoso arquiteto e artista Rodrigo Ohtake.  

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Rodrigo Ohtake: https://ohtake.com.br/; Syshaus: https://www.sys.haus/

via: Casa Vogue

Fotos Filippo Bamberghi; Estilo: Adriana Frattini

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