“Como encontrar palavras para Versalhes? Como capturar um encanto que muitas vezes é deslumbrante, ou instantâneo, ou nostálgico, mas que as vicissitudes da história nunca conseguiram destruir, desde que um rei resolveu torná-lo um símbolo de seu poder para todo o mundo ver?” Essa é a pergunta que faz Catherine Pégard, presidente do Estabelecimento Público do Palácio, Museu e Propriedade Nacional de Versalhes, na introdução de Versalhes: De Luís XIV a Jeff Koons, da editora Assouline . O livro, que Pégard escreveu em colaboração com o escritor e especialista em Versalhes Mathieu da Vinha, é uma ode à grande história do célebre château, reunindo desenhos, pinturas, fotografias e até stills cinematográficos que retratam o palácio ao longo das eras. Desde que foi construída sob o reinado de Luís XIV, o Rei Sol, no final do século XVII, Versalhes serviu de inspiração arquitetônica e artística para designers de todo o mundo; inúmeras residências privadas e edifícios públicos foram criados à imagem do palácio. Hoje, é um ícone da história francesa que atrai cerca de 10 milhões de visitantes a cada ano. “Um palácio de mil e um eventos, o suficiente para encher um livro de história, talvez; um palácio de mil e uma noites, o suficiente para fazer um livro de arte”, escreve Pégard. “Mas, há muito tempo, Versalhes não é mais propriedade de uma monarquia, nem pertence à história. Pensando bem, Versalhes é antes de mais nada um palácio de mil e uma vidas que enriquece nossa imaginação, assim como o passado inspira o presente”. Versalhes é bastante impressionante e enorme, então vá com sapatos confortáveis e preparado para andar muito. O jardim bacana é imperdível e conta com vários recantos “quase secretos” e que devem ser descobertos a pé. Outra das principais atrações é certamente a Galeria dos Espelhos, parada obrigatória. O livro honra a beleza dessa joia francesa, e pode ser adquirido direto no site da editora Assouline. Já que ainda não é possível flanar por aí, vamos de livro lindo! Boa viagem!