Shinsuke Kawahara

Depois de estudar na Universidade de Belas Artes de Tóquio, Shinsuke Kawahara tornou-se ilustrador e pintor, especializado em design e cenografia. Concebeu projetos para as publicações “Madame Figaro”, Marie-Claire” francesa, Vogue Japão e Elle. Também assinou trabalhos para Baccarat, Le Printemps, La Poste, Hermès e Louis Vuitton.  Filme para Fabergé, bolsa para Anteprima, tênis para Le Coq Sportif. Shinsuke, autêntico multitalentos, assinou o menu e a decoração de restaurantes de sua propriedade em Paris, hoje fechados. Os nomes? Usagi e Petit Usagi. Coelho, em japonês. O designer tornou-se verdadeiro aficcionado pelo tema depois de escutar inúmeras vêzes de sua avó, a estória de um coelho que morava na lua. Em seu apartamento em Paris, Kawahara exibe sua coleção de coelhos de diferentes origens, alguns desenhados por ele. Seus preferidos são uma peça em madeira de 1915 e outra desenhada por ele para a Christofle.

A cor é referência importante na vida de Kawahara, e a Sumi, tinta preta de origem japonesa, sua preferida. Desenvolvida na Dinastia Song, a Sumi, segundo o designer, não reproduz simplesmente o objeto, mas captura sua alma. No apartamento do século XVII o azul acinzentado foi escolhido para colorir algumas paredes, e é cor recorrente em praticamente todos os ambientes.

A coleção de coelhos está por toda a casa do designer.

As vigas, a lareira, o piso e o arco de madeira são originais do apartamento, e foram mantidos pelo proprietário.

Jean Prouvé Bed em versão vermelha. Shinsuke, apreciador do vintage, faz questão de garimpar mobiliário e objetos em antiquários.

”Se você tem uma cozinha fabulosa, cozinhar é muito mais fácil, mas preparar algo delicioso em um espaço muito pequeno , é como você realmente pode mostrar sua habilidade”, diz Shinsuke, comentando sobre o diminuto tamanho da cozinha do seu apartamento parisiense. Observe o escorredor, que evoca a imagem de um coelho.

Arco do século XVII, e piso, originais do apartamento, achado por acaso durante um passeio de Kawahara durante um “Dia da Bastilha”, feriado francês.

Tecido, madeira, metal e porcelana nos coelhos da coleção do designer.

Malas fazem companhia à cadeira de ferro com pintura original.

“Quem precisa de um quarto quando você pode ter uma casa de chá no meio de um apartamento francês do século XVII? Sou muito infantil e sempre preciso de um brinquedo. Quando eu vi pela primeira vez este lugar, pensei que seria interessante construir uma sala de chá, adicionando uma nova dimensão para o espaço.”

Bonsais em versão original sobre bancos rústicos.

Charme no corredor de acesso ao banheiro.

Fotos: Matthieu Salvaing

shinsukekawahara.com

selectism.com

cristofle.com

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