Madame e Monsieur tinham tudo resolvido – ou pelo menos eles pensaram que sim. O elegante casal parisiense comprou um grande apartamento com muitos quartos minúsculos no 2º arrondissement e derrubou imediatamente todas as paredes. Eles não tinham filhos e, por mais que tentassem, não parecia que eles iriam ter algum. Você pode adivinhar o que aconteceu em seguida. Surpresa!! Uma semana depois que eles se mudaram, Madame ficou grávida. E então ela ficou grávida de novo. De repente, eles precisavam de quartos e paredes – em resumo, precisavam de todo o habitat da vida familiar burguesa de Paris. Então eles começaram a procurar um novo lar. O local que encontraram, um labirinto de 450 metros quadrados de salas e corredores, é tão clássico quanto o anterior era boêmio. O edifício data de 1900, mas foi projetado para evocar uma época ainda anterior. Molduras ornamentais elaboradas convocam os fantasmas do antigo estilo. Decorá-lo exigiria um toque delicado e entre as muitas informações, havia o equilíbrio perfeito, mas onde, exatamente? Para ajuda-los a encontrar, os proprietários chamaram Fabrizio Casiraghi, um jovem designer italiano que estabeleceu seu próprio escritório em Paris há cinco anos e vem causando alvoroço desde então. Casiraghi cresceu na modernista Milão e cortou os dentes do design no influente Dimore Studio, um escritório para lá de sensacional, que usa muito e sabiamente as cores nos projetos, e já teve alguns projetos publicados em Hardecor (veja AQUI). Casiraghi concluiu que este apartamento não falava sua língua nativa. “O projeto foi complicado para mim no começo, mas de uma maneira boa – adoro um desafio”, diz ele. “É tudo que eu não sei. Em Milão, isso não existe. E com Dimore, é sempre um caso de caixas suaves que você cobre com objetos e cores. Aqui temos o contrário – uma caixa que fala muito. Você precisa entrar um pouco na ponta dos pés. Veja a grande sala de estar do apartamento, por exemplo. As paredes estão vivas com a filigrana de gesso que está entre as glórias da arte decorativa francesa”, completa. Casiraghi até se empolgou um pouco adicionando destaques em cores acobreadas em alguns pontos. E então rebateu o deslumbrante rococó com duas luminárias de teto de gesso esculpidas e quase brutalmente abstratas do designer contemporâneo Alexandre Logé e luminárias de Jean Royère com braços sinuosos, parecidos com gavinhas. O equilíbrio certo foi atingido. Mais? No próximo post, não perca!
Fabrizio Casiraghi: https://www.fabriziocasiraghi.com/
via: Architectural Digest
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