A exposição de Judith Lauand em São Paulo, no IAC, Instituto de Arte Contemporânea, vai até dia 25/07/2015, e vale a pena ser visitada. Nascida em 1922, Lauand formou-se em 1950 pela Escola de Belas Artes de Araraquara. Após dois anos, já em São Paulo, se dedica a uma pintura de raiz figurativo-expressionista. Em 1953 dirige seu foco para a abstração mas ainda mantendo ligações com o expressionismo, e percorre diferentes linguagens no curso de seu trabalho. Em 1960, Judith Lauand esclarece: “Um quadro não se explica. Um quadro se vê. As palavras não substituem a visão direta da estrutura formal, das relações das cores, dos espaços, da plasticidade”. A artista realizou algumas individuais e participou de coletivas de arte concreta realizadas em São Paulo, ainda na década de 1950, Rio de Janeiro e em Zurique, Suíça, em 1960, entre muitas outras. Seu nome integrou diversas ocasiões a Bienal Internacional de São Paulo. Para o crítico de arte Mario Schenberg “…Judith Lauand foi uma figura destacada na fundação do movimento paulistano de arte concreta, colaborando com Waldemar Cordeiro, criador do grupo. Nessa interação com Cordeiro estabeleceram-se fortes ligações de pensamento e de criação artística perceptíveis nas obras de ambos. … Judith Lauand permanece fiel a sua postura e trajetória concretista. Sua obra recente revela a densidade da composição, o apuramento do cromatismo, o equilíbrio do grafismo, conseguidos por constante pesquisa. Judith envereda agora por novos caminhos realizando obras que podem ser chamadas de assimétricas, onde o geometrismo da decomposição cromática destrói a ‘partição eqüilateral’ presente ao longo de sua obra, criando uma nova simetria”.
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