De Profundis, de Oscar Wilde, é uma longa e emocional carta que Wilde escreveu a seu amante Sir Alfred Douglas, durante o cumprimento de sua pena na prisão inglesa de Reading, por comportamento indecente e sodomia. O pai de Douglas, inconformado com a proximidade entre seu filho e o escritor, começou a perseguir e acusar Wilde de ser homossexual. Incitado por Douglas, que gostaria de não ter o pai interferindo em sua vida, Wilde, contrariando a opinião de seus amigos, resolveu enfrentar e contra acusar, imaginando ingenuamente que um Lord era páreo para ele, já famosíssimo na época. Wilde se enganou redondamente. Os amigos aconselharam o escritor a fugir para a França com veemência, mas Wilde não acreditava em uma condenação e achava que seria horrível fugir. Foi condenado. Douglas, mimado e egoísta, acabou com o prestígio, com a família e com o dinheiro do escritor, que proporcionava absolutamente tudo o que era exigido pelo rapaz, e se comprometia cada vez mais seriamente, desafiando não só os costumes, mas o relacionamento com sua mulher e filhos. Wilde e Douglas frequentavam os melhores hotéis e restaurantes, e isso há mais de 100 anos atrás, em um lugar, Inglaterra, onde o homossexualismo era considerado crime. Wilde pagou caríssimo pela ousadia. Ficou dois anos na prisão, um lugar úmido, frio e sujo, que acabou com sua saúde. O manuscrito saiu com Wilde da prisão e foi publicado apenas depois de sua morte. Tocante. Leia!
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