O arquiteto austríaco e designer de móveis e tecidos Josef Frank foi a voz para um modernismo mais gentil e humano. O movimento de Frank em defesa de ambientes quentes, confortáveis e de estilo eclético foi ouvido, e é hoje considerado como um prenúncio da reação contra o modernismo doutrinário, duro e amplamente aceito. Filho de um fabricante de tecidos vienense bem sucedido, Frank estudou arquitetura na Politécnica de Viena, graduando-se em 1910. Frank desenhou plantas de formas variadas e arranjos de design de interiores flexíveis. Suas peças de mobiliário são leves e suas cadeiras são sempre feitas de madeira, na maioria das vezes com braços curvados a vapor e dobradiças. Frank detestava abertamente os móveis de aço tubular e a “máquina de morar” estética promovida por Le Corbusier e Mies van der Rohe e outros expoentes da escola Bauhaus. “A casa não deve ser uma mera máquina eficiente”, disse Frank uma vez. “Ela deve oferecer conforto, descanso e aconchego”. Frank – que era judeu – sentiu as terríveis implicações do surgimento do nazismo na Alemanha e na Áustria, e ao mudar-se para Estocolmo com sua esposa sueca, Anna, assumiu a chefia de design de mobiliário da Svenskt Tenn, empresa onde encontrou respaldo para suas criações simples, descontraídas e brilhantes e que ainda hoje comercializa suas peças, que também podem ser encontradas na 1stdibs.com. Como muitos modernistas – notadamente Charles e Ray Eames e Alexander Girard– Frank tinha um profundo amor pela arte popular, que influenciou seus projetos, especialmente seus tecidos, coloridos e ricamente estampados. Uma delícia para os olhos. Frank morreu em 1967, aos 82 anos. Você pode ver mais dos trabalhos de Josef Frank na exposição no Textile Museum, em Londres, de 28 de janeiro até 07 de maio de 2017. Agende-se!