Igreja predileta da família real portuguesa, a Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro, ou simplesmente Igreja da Glória, é uma joia da arquitetura colonial em terras brasileiras. Tombada pelo Iphan em 1938, a igreja carioca pode ser vista do Aterro do Flamengo e imediações, pois fica no alto, no local onde batalhas entre portugueses e franceses foram travadas. A data correta do inicio da construção é incerto, algo entre 1714 e 1730, mas a data da inauguração é seguramente 1739. A Glória foi a primeira construção no Brasil com espaços curvos – especialmente elípticos, que são uma forma típica do barroco. Um dos octógonos é ocupado pela nave curva da igreja, enquanto o outro é ocupado pela sacristia. Na nave, azulejos com temas bíblicos, e na sacristia, temas profanos, com cenas de caça. Azuis e brancos, feitos entre 1735 e 1740 em Lisboa, atribuídos a oficina do Mestre Valentim de Almeida, os azulejos foram recentemente restaurados e formam um dos conjuntos mais importantes do Brasil. Na igreja foi batizada em 1819, a princesa Maria da Glória, primeira filha de dom Pedro I e dona Leopoldina, futura rainha dona Maria II de Portugal. A partir daí, todos os membros da Família Imperial foram batizados na Igreja da Glória, incluindo dom Pedro II e a princesa Isabel. Sobre o arco-cruzeiro da capela-mor se encontra o escudo da Família Imperial Brasileira. Anexo a igreja, o Museu Mauro Ribeiro Viegas, que assim como a igreja fecha no horário do almoço, possui um acervo de objetos sacros, alguns doados por fiéis em agradecimento por graças obtidas.
Fotos: Hardecor
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