André Lima em entrevista exclusiva para Hardecor II

André Lima em entrevista exclusiva para Hardecor, conta como depois de uma carreira de sucesso absoluto, encerrou seu ateliê em 2014 e se lançou em uma série de projetos desafiadores que fugiam à criação de moda tradicional: vieram trabalhos na televisão, licenciamentos e parcerias com marcas de diversos nichos e propostas. Em 2016, no entanto, a modelagem voltou a ser atraente para o paraense. Mas de uma nova forma. “Olhei para o meu acervo de tecidos e decidi fazer algo com eles”, contou o estilista, “são metros e metros de seda e algodão estampados que guardo desde a minha primeira coleção, de 1999.” As fazendas de alta qualidade – “como não se vê mais no Brasil” – misturam suas cores e padrões, os verdadeiros protagonistas das peças de corte limpo. “Chego a colocar até cinco estampas em um modelo”, comenta Lima, que no segundo semestre do ano passado lançou sua primeira coleção-cápsula na Areaoito, multimarcas paulistana. Um novo momento na vida de André, que está curtindo essa nova forma de trabalhar, mais conectado com suas verdades!

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André Lima

H: André, como foi essa transição da arquitetura pra moda?

AL: Então, era uma dificuldade a faculdade de arquitetura para mim, porque primeiro eu entrei em 1987, com 16 anos, e de cara eu encontrei um ateliê de arquitetura que era um lugar assim fervilhante de pessoas criativas e ao mesmo tempo mestres muito voltados para uma arquitetura sustentável e regional e aquilo (risos) me irritava muito, muito. Eu respeitava muito toda a história da arquitetura de ferro, da arquitetura do art nouveau no Pará, mas ao mesmo tempo eu queria outros diálogos, eu queria construir outras pontes. Então essa coisa de ter que fazer coisa coberta de palha, de madeira, de não sei o que, e um belo dia eu fiz um trabalho e o professor acabou comigo na sala. Mandou que eu refizesse o trabalho, e eu falei que não ia refazer porque nem me interessava ser aprovado por ele. Imagine que demônio com 17 anos falar isso, e ele respondeu: “você que acha só por que você anda assim todo rasgado você sabe tudo?” E eu: “eu não acho nada não, eu só acho que tem outros trabalhos aqui que não merecem seu 10, o meu talvez não mereça mas é o que eu entendo, então a gente fica por aqui”. E me lembro de ter entrado no ônibus para voltar para casa e ter jogado todos os trabalhos pela janela do ônibus. Pensei: não quero mais isso. Poxa, eu tinha passado em primeiro lugar no vestibular, e quando cheguei em casa e falei para minha mãe e para o meu pai, meu pai queria morrer né? Minha família toda ficou louca e foi engraçado porque justamente nessa época eu tinha começado a aprender a fazer maquiagem, fazer cabelo, a fazer produção de moda e de um jeito muito natural. Ia todo mundo para a minha casa se vestir, a gente não ficava comprando roupa de marca, então sei lá, tinha uma roupa da Fórum e 10 de brechó (risos), e a da Fórum quando tinha promoção. E eu pensei: “acho que vou fazer alguma coisa de moda mesmo, vou fazer isso”. Aí comecei a maquiar, maquiava as pessoas em casa, noiva, madrinha e ai pedi pra minha mãe pra montar um ateliê na sala da minha casa e ela deixou, me deu a sala, meu deu uma overloque, me deu uma reta e ai montei um pequeno ateliê. Decidi fazer um desfile lá e montei um projeto do desfile (risos) e junto com o desfile, uma festa. Vendi convites, e quando eu percebi que isso rolou, cara, que isso deu certo, eu falei, eu não vou ficar aqui. Cheguei para minha mãe e falei “eu vou embora pra São Paulo”, e ela disse que então a gente tinha que abrir uma conta no Itaú. Minha mãe é super prática, professora de matemática. E foi assim, eu nem sabia o que estava fazendo. Resolvi isso com 21, fui para São Paulo com 22, não fazia ideia. Depois fui perceber o que eu estava deixando de lado, não deixei pra trás, porque eu posso voltar a qualquer hora, mas chegar na cidade é aquele choque né? Aquela coisa diferente, e a transição para mim foi normal, tanto que eu nunca deixei na verdade a arquitetura de lado, porque meu exercício com a roupa é extremamente arquitetônico, sabe? De construção, de entendimento, de estrutura, de pesquisa de materiais, de como é o caimento de um tecido e de outro, como é o fio. E chegou uma hora que eu tinha conseguido me firmar no mercado como estilista das estampas, quando eu consegui colocar mulheres com roupas de festa estampada, quando eu consegui ver mulheres no altar com roupas estampadas que era uma coisa praticamente proibida, imagina anos 1990, minimalismo, aquela coisa toda…

H: E o desfile preto?

AL: Eu sempre brincava que queria fazer um desfile preto. Depois de ter coragem percebi que para fazer um desfile preto eu precisava de duas coisas, texturas diferentes e formas. E o estudo das formas trouxe a arquitetura de uma forma mais forte. Nunca deixei a arquitetura de lado, nunca deixei de ter um olhar arquitetônico e é uma coisa que eu me pergunto até hoje, se um dia eu não vou voltar! (risos)

H: André, quais foram suas maiores influências? Os estilistas, você citou o Balenciaga, funcionaram como uma influência? Quando você começou se espelhava em alguém?

AL: Eu cresci nessa família de mulheres que costuravam e eu tinha uma prima, filha de uma dessas minhas tias, que era uma estilista famosa em Belém que fazia alta costura e fantasias de carnaval. Em Belém tem um concurso bem famoso, a Rainha das Rainhas do Carnaval, e minha prima ganhava todo ano os três primeiros lugares, no ano seguinte, os quatro primeiros lugares (risos) e meu sonho era isso, ir pra casa dela e ficar assistindo ela fazer as roupas. Então minha primeira influência e mais forte foi a Paula, essa minha prima, e minha mãe. Depois eu comecei a pesquisar e entender que o que me interessava nos estilistas que eu admirava era o fato deles terem de alguma maneira quebrado paradigmas né? Lá no começo do século Poiret veio com todo aquela libertação da mulher, tirou aquela coisa dura dos espartilhos e tinha a relação dele com as festas, com o exotismo, o orientalismo, com toda aquela parte exótica que tanto me interessa, e acho que é uma coisa que eu trago lá de Belém, essa coisa de gostar do que é exótico. Do Poiret eu passei para o Balenciaga, e foi um pulo de um decorativo para um outro estilista que era pura construção e que era o único estilista que a Chanel respeitava. Na sequência eu descobri mais profundamente o Saint Laurent, que acho a grande Cinderela da moda, sabe? Tipo, odeio esse mito da princesa, mas ele foi super jovem foi para a Dior, primeiro desfile de alta costura com 17 anos, de repente montou a maison e de repente mudou o mundo. Esse papel de pessoas que mudam o mundo me seduz muito, me atrai muito, sabe? É, saber que o Saint Laurent foi o primeiro cara que botou transparência na alta costura, foi o primeiro cara que colocou calça em um desfile de alta costura. Sabe que quando ele estava caminhando para um lado completamente diferente de alta costura, ele resolveu trabalhar o prêt-à-porter, resolveu montar Rive Gauche.  Ele flertava com a arte, com aquele lado mundano dos anos 1970, então acho que eu tenho três pontos de construção bem interessantes de identidade. Não acho que meu estilo se baseie neles diretamente, não consigo identificar meu momento Poiret nem meu momento Balenciaga, apesar de ter uns momentinhos Saint Laurent porque não tenho como fugir, eu o admiro muito. Eu tenho muitos livros, eu adoro! Tenho uma estante só de estilistas que eu orgulhosamente arrumei, como um bom virginiano, em ordem alfabética. Estão lá a Vivienne Westwood, que vestiu o movimento punk, descontruiu, desmontou e demoliu a estética vigente. Para falar de um contemporâneo, adoro Raf Simons. Achei uma pena ele ter saído da Dior. Adoro Nicolas Ghesquière e Riccardo Tisci, e também achei uma pena ele ter saído da Givenchy. Você identifica claramente que tem um ruído no trabalho deles que não faz com que aquele mundo pareça cor de rosa, eu odeio cor de rosa, eu odeio tudo que não tem um lado sombrio, ou um lado meio demoníaco. Sempre amei o McQueen, que parecia o grande atormentando da história toda. Assisti outro dia o documentário sobre ele. Nossa, que lindo. Fiquei muito impressionado. Eu gosto de rebeldia, adoro rebeldes.

H: Como é a sensação de ser tema de um livro?

AL: Engraçado né? É diferente, é estranho. Fiz um mergulho na época.  Quando me ligaram e falaram que tinham escolhido dez e eu era um dos dez (risos), dei muita risada. “Porra eu tô bem!” Fiquei felicíssimo, tratei de chamar uma grande amiga que é fotografa e professora, que estudou semiótica “pra” cacete, e falei “vem pra cá e tu vai ter que me ajudar na edição dessas imagens por que eu tenho muita coisa pra mexer”. A gente se trancou lá no ateliê, e começou a mergulhar. A primeira sensação é de você pular e ir lá no fundo, mexer em coisas que você nem lembrava mais que tinham existido. Veio aquela vontade de pisar lá no fundo, voltar e contar tudo que vi. Minha intenção era justamente fazer essa ponte entre a Amazônia e Londres, mostrar que o mundo não tinha limites, mostrar que o meu intuito naquele momento era mostrar que a gente tinha justamente que construir pontes. Eu sempre gostei de pontes improváveis, então na hora que eu começava a fazer uma coleção africana queria misturar a África com o Japão. Não sou muito chegado a depressão, mas naquela hora me perguntei: “porra, o que eu fiz, como eu fiz, quando eu fiz, porque eu fiz, o que eu vou fazer, porque eu vou fazer…? E você se coloca em um momento de observação de você mesmo. Chamei o Eduardo Logullo, que é um cara que eu acho brilhante, para fazer o texto, justamente porque eu não queria um texto muito bonitinho…

H: Porque o Eduardo tem isso…

H: Ele está cada dia pior, né? (risos) Mas o mais engraçado foi que ele escreveu o texto do meu livro com uma conversa. Foi uma tarde no ateliê, ficou das 15 às 18, saiu de lá e no dia seguinte “pa pa pa”. “Vê o que você acha!” A primeira pessoa que eu tinha cogitado para escrever era a Cristina Franco que eu admirava muito. Minhas tias me chamavam para ver o “Ponto de Vista” quando eu tinha 10, 11 anos. Lá conheci Gaultier, lá eu conheci Lacroix, lá eu comecei a montar ai um vocabuláriozinho de moda, e a primeira pessoa que eu imaginei foi a Cristina, mas por uma questão de agenda, não deu. Porque quando eles chamaram a gente pra fazer o livro, era tipo, para ontem né? E eu queria me dar um tempo maior para fazer uma seleção de imagens. Se você olhar o livro vai ver que não fiquei preocupado em ficar fazendo um catalogo dos meus trabalhos. Coloquei trabalhos referenciais, fundamentos, fui costurando e mostrando da onde veio aquilo tudo, e olha que as imagens mais interessantes eu acho que eu nem… eu tenho um pouco de egoísmo (risos) e não quero nem mostrar. Mas é uma sensação deliciosa. Tenho muita vontade de continuar, mas trabalhar hoje não com uma coisa biográfica, mas com processo criativo, sabe? De como a mente de cada artista pode ser vasta, louca, doente, estranha e ao mesmo tempo brilhante e influenciar outras pessoas.

H: Me fale sobre o seu processo criativo.

AL: Olha, a cada coleção, quanto eu estava dentro desse esquema de coleções anuais, eu pensava: “cheguei, consegui, achei a fórmula”. Mentira, me fodia  porque a coleção me levava pra outro lado, então eu tinha de me manter muito tranquilo por saber que por ter um prazo, ia acabar chegando um momento em que aquele recorte ia ter que acabar, e não podia ter medo de achar que eu não ia conseguir. É… eu sou muito atento e muito rápido. Eu era criança e amava quando minhas tias saiam de casa porque eu entrava no armário delas e eu queria ver cada caixa, cada livro, cada anotação, cada roupa, virar roupa, ia atrás do armário para saber tudo o que havia lá. Comecei a ler muito cedo, com 04 anos, e descobri enciclopédias, e quando eu descobri os verbetes depois de cada título…você está aqui no Egito, mas pode ir para Cleópatra, Múmia, Pirâmide e fiquei louco por que era interminável aquele mundo. Então falar que sou atento e que tudo que eu vejo se transfere pra minha roupa é a única premissa que posso ter como certa. Pode vir da arte, pode vir do cinema, da própria moda, de uma vontade de questionar coisas. Nunca fui de levantar bandeiras, então dentro desse processo eu procurava ser seduzido, eu brincava que era como no candomblé, essa coisa de incorporar mesmo, de ser cavalo. Até por isso minha primeira estampa é de cavalo. A primeira estampa que fiz na vida…

H: A primeira?

AL: A primeira, em 1999. Sou muito levado pelo processo, uma hora pela música, em outro momento pela estética, em alguns momentos eu foco, sei lá, em uma cantora ou um estilista, ou misturo uma cantora com outro ícone. Então não é um processo muito… não é confortável, nem um pouco, mas ao mesmo tempo é como se eu tivesse adquirido intimidade com essa falta de conforto, então… eu confio nela. Não é confortável, porém eu traduzo isso de uma maneira muito confiante.

H: André, fale por favor sobre essa fase pós-ateliê.

AL: Quando fechei o ateliê eu guardei tecidos, maquinário e tudo relativo a estrutura de oficina.  E um belo dia uma amiga me disse assim: “vou fazer uma coleção de pulseiras, você não quer fazer uns kaftans?” E eu: “Kaftans não porque já tem muita gente fazendo, mas uma roupa para usar no vento, uma roupa para colocar por cima de um biquíni…e comecei a desenhar e eu via exatamente isso, que eu não precisava me preocupar com esse processo, e isso é uma coisa que eu gostaria de falar em um livro sobre processo criativo, sabe? Dizer assim: “olha, não tente acertar, não tenha medo de errar, e não busque uma formula, não se prenda a padrões, tenha preconceito e ao mesmo tempo tenha certeza que todo estilista é volúvel sim. A Clô Orozco falava isso, que todos os estilistas são todos muito volúveis. E isso é o que eu acho mais interessante nessa profissão, essa vontade da gente de se apaixonar e de ser seduzido. A satisfação que me dá quando vejo alguém vestir a roupa… nunca pensei em fazer roupa para ir para museu, nunca pensei em fazer roupa pra me tornar um artista plástico, senão eu teria feito outras coisas. Eu sempre tive um desejo muito forte de fazer roupa para que as pessoas usassem, e exatamente no momento em que eu comecei a repensar o meu papel no mercado de moda foi quando eu fechei o SPFW.

H: Como foi esse processo, como você chegou à conclusão de que precisava mudar de rumo?

AL: Fui convidado para o baile da “amfAr” e tinha que levar uma modelo. Fui olhar minha coleção e eu não tinha vontade de que ela usasse nenhuma roupa da coleção no baile… Aí pensei: “o que eu estou fazendo da minha vida? Um teatro, um show para fechar um evento que eu amo fazer, que me dá uma satisfação incrível, onde me sinto livre. É teatral sim, adoro esse lado teatral, mas ao mesmo tempo estou longe de uma coisa que é onde tudo começou, o desejo de ver as pessoas usando minha roupa. Então desenhei uma roupa para a Marcelle Bittar ir comigo ao baile e na volta do baile decidi que não queria mais fechar o SPFW, não queria mais ficar fazendo aquele teatro todo, não queria mais fazer roupas que não conseguia guardar. E aí comecei a limpar a história. Esse questionamento veio exatamente deste momento em que comecei a questionar a teatralidade. Não que eu não possa voltar a qualquer momento e fazer isso, mas dentro desse processo algo que  posso colocar como um ponto comum em todos os desfiles é a liberdade. Não a falta de medo, mas a vontade de correr riscos, tipo “Senhor dos Anéis”. Vamos  atrás do anel? Vamos! Pega aí o que precisa e a gente vai embora. O que vai acontecer? Eu não sei! Talvez a gente morra? Talvez! Mas a gente vai! (risos) Então é como eu me sinto.

H: Nesse momento é um assunto encerrado?

AL: Ah, eu não quero virar uma bicha velha dentro de uma casa cheia de vestidos velhos! Não tenho UMA peça minha guardada, nenhuma. É uma coisa que eu fiz questão de repassar. Repassar informação, cultura. As únicas coisas que guardei foram as fichas técnicas, tenho todas as pastas, revistas, recortes, enfim, esse mudo eu deixei para que as pessoas que estão vindo, e que já chegaram vejam como é o trabalho que alguém um dia criou.

H: Como você se diverte?

AL: Vendo televisão, eu amo, amo ver seriado. Adoro, adoro idade média, adoro um castelo, luta, luta pelo poder, tramas… Vendo a Globo News (risos) acompanho as tramas que acontecem nos castelos em Brasília. Adoro ir à academia, onde interajo com pessoas das mais variadas origens, com mundos completamente diferentes, converso com as velhinhas, com os sarados, com as bichas, os héteros, as mulheres, com os novos, com os velhos, me dou bem com todos, então é minha terapia, sabe? Fiz 12 anos de terapia e chegou uma hora que eu não via sentido em sentar na frente de uma pessoa e ficar falando, tanto que hoje em dia evito ficar falando de problemas, não gosto. Penso, reflito, mas na hora que estou na televisão, que estou malhando e na hora que eu estou dirigindo, adoro dirigir.

H: Atividades zero glamour!

AL: Sou simples nesse sentido, não tenho a necessidade de viver em grandes festas, de viver dentro desse mundo que todo mundo acha que é glamouroso, até porque eu brinco quando me vejo carregando uma arara (risos), fazendo uma coisa que não tem glamour nenhum, e alguns bobinhos que pensam que esse mundo é tão glamouroso, “olha isso aqui”. Claro que para algumas pessoas é, e muitas situações da minha vida também são, mas dou risada de mim mesmo nessas situações.

H: André, você pode dar por favor, uma dica para os leitores? Um passeio, livro, uma dica de vida…

AL: Acho que as pessoas tem que ter coragem de mudar. Eu acho que se você tem vontade de pintar a sala da sua sala, pinte. Se você tem coragem de doar, vender, trocar todos os seus móveis, mude. Se você tem vontade de não usar mais as suas roupas, não use, use outras. Você ficar com cinco mudas de roupa é um exercício maravilhoso de estilo. Que as pessoas se cerquem do que faz bem pra elas e que elas façam, basicamente, uma faxina não só no que a gente vê, mas uma faxina interna para que elas tirem de perto pessoas que são nocivas ou que não estão trazendo energia de construção, energia de coisas boas. Fujam de pessoas que falam mal das outras, que não sabem rir de si mesmas. A vida é muito, muito, muito curta, estranha, traiçoeira, esquisita, brilhante, incrível e deliciosa, e tudo depende de como você encara, então busque a felicidade avidamente nas coisas que te alimentam. Eu não sei dar dica sabe? Tipo use isso, não use aquilo, faça isso, não faça aquilo, porque eu nunca gostei que ninguém me dissesse não faça isso, faça aquilo, então se eu for falar “ah quando você for a uma festa, tente não combinar o sapato com a bolsa” (risos). Quando você decorar uma casa, tente não ser tão literal, não parecer que você montou uma sucursal da loja. Porque essa coisa de buscar look do dia, de buscar o que é o correto, de buscar o que a fulaninha fez, de querer ter o cabelo igual ao de não sei quem… ai… eu tenho pavor disso. Eu gosto de soco no estômago, tapa na cara, sabe… eu gosto de ficar assustado com alguém. Então, sejam vocês mesmos, choquem e deixem rolar.

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