A balada de Adam Henry, livro de Ian McEwan

A balada de Adam Henry, livro de Ian McEwan é, como muitos dos livros do autor, um dilema moral, desta vez de cunho religioso. Discussão atualíssima, a religião pode ou não ditar as regras da vida de todos nós? Mesmo que as consequências sejam “destrutivas”? É esta a dúvida que se apresenta no Tribunal Superior da juíza Fiona Maye, especialista em Direito da Família. Profissional bem sucedida, ela é conhecida pela imparcialidade. Mas sua vida privada está em um momento delicado e a juíza está questionando, aos 59 anos, suas escolhas pessoais. Se arrepende de não ter tido filhos e vê seu casamento desmoronar. Assim que seu marido faz as malas e sai de casa, Fiona tem de lidar com o caso de um garoto de dezessete anos chamado Adam Henry. Ele sofre de leucemia e depende de uma transfusão de sangue para sobreviver. Seus familiares, contudo, são Testemunhas de Jeová e resistem ao procedimento. O dilema não se resume à decisão judicial. Como nos demais casos que julga, Fiona argumenta com brilho em favor do racionalismo e repele os arroubos do fervor religioso. Mas Adam se insinua de modo inesperado na vida da juíza. Revela-se um garoto culto e sensível e lhe dedica um poema incisivo: “A balada de Adam Henry”. Os sentimentos despertados pelo garoto a surpreendem e incomodam. A crise doméstica e o envolvimento emocional com Adam – que oscila entre a maternidade reprimida e o desejo sexual – desarrumam sua trajetória de vida exemplar, trilhada com disciplina espartana desde a infância. Um livro poético e aflitivo. Leia!

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A balada de Adam Henry, livro de Ian McEwan.

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